sábado, 8 de setembro de 2007

Minha primeira vez

Tá, isso foi maldade. Se você veio aqui atrás de um conto erótico pode voltar para o google que aqui não é lugar disso. Esse post é na verdade sobre a primeira vez que eu doei sangue.


Na verdade, desde que eu descobri que iria menstruar um dia eu quis doar sangue. Ok, naquela época eu achava que isso ia me livrar dessa coisa chata da vida da mulher, mas a vontade ficou mesmo depois de saber que doar sangue não iria servir para esse fim.

Como o que daria certo eu não gostaria de fazer - que seria manter um peso bem, bem baixo para não deixar sangue suficiente para fins reprodutivos - acabei aceitando a idéia de desperdiçar o sangue menstrual, já que não tinha jeito. Mas continuei simpatizando com a idéia da doação.

O problema é que eu era muito corajosa até uns 10 anos de idade. Principalmente depois que eu atingi a maioridade legal - e conseqüentemente idade suficiente para doar - eu virei uma pessoa covarde que fugia das campanhas de doação. Gripes, ciclos e desorganização das pessoas que fazem multirão para doação foram grandes aliados na fuga.

Semana passada eu fiquei sabendo que o pessoal do TLC da minha paróquia ia doar sangue para um parente de um cursista. Era A CHANCE, então me inscrevi no grupo que ia doar sangue hoje.

Acordei cedinho e mesmo esperando uma hora no ponto de encontro até as outras pessoas tinham marcado* adorei. Foi um grupo de quatro pessoas de ônibus e uma menina que foi direto. Muita zoação no ônibus, eu montada no banco como nas viagens escolares, ajoelhada no banco e com os braços apoiados no encosto para as costas para falar "confortavelmente" com os amigos. Até descer fora do ponto e passar umas duas ou três vezes pelo posto de coleta foi motivo de risos.

Um dos rapazes do grupo também nunca tinha doado, e os outros ficaram dizendo que estávamos colando um do outro no preenchimento do formulário. Na verdade, fazíamos no mínimo uma piada para cada questão. A moça da recepção chegou a olhar um pouco feio para nós, mas nada que continuar a "responder o questionário" não resolvesse.

Estava bastante nervosa e por isso tive dificuldades para dizer se tinha mesmo dormido pelo menos 4 horas. A cada pergunta eu ia vendo o que poderia servir para me desqualificar e verificando mentalmente quantas coisas eu poderia alegar se decidisse na última hora não doar (Na verdade, a todo o momento eu brincava dizendo que em último caso eu sempre poderia pular vidraça afora e fugir).

Até na sala de coleta rolou zoação, como reclamar que aquele formulário de desistência que eles entregam no final não os impediam de enfiar aquele pendrive no meu braço. Mas foi tudo muito tranqüilo, acho que o cara que organizou tudo estava com mais medo do que eu. Ele falou que tentou puxar algum assunto quando iam esperar o meu braço mas não lhe ocorreu nenhum, mas nem foi preciso, pois eu já estava perguntando para o moço que fez a coleta quanto tempo em média levava.



E o lanche foi esperto. Definitivamente, nada traumático, dá até para pensar em virar doadora, desde que seja sempre com uma galera dessas para fazer essas bagunças!

* Visitei uma reunião dos Vicentinos antes da galera do TLC chegar, e ganhei um livrinho antigo da regra para ver se eu me interesse. Parece legal, mas dizer no grupo quantas comunhões se fez na semana me constranguiria bastante!


PS 1: Essa semana eu comprei a última coisa que eu planejei usar nesse projeto: Lápis de cor e canetinha. A minha Bíblia-queijo-bola vai ficar legal coloridinha, o que vai ajudar a perceber se a liturgia diária dá ou não cabo dela toda.

PS 2: Ainda não acabei a releitura de Medugorge. Sempre aparece algo mais engraçadinho para ler, eu adoro ler mas tenho dificuldade de fazer isso com textos mais sérios. Mas assim que acabar eu posto um artigo aqui. Acho que é uma boa coisa de se escrever enquanto o ano A não começa. ;)

UPDATE: Mudei a figura para não ter problemas. Vai saber né? O logo lá em cima veio do Plugbr, que é um blog de um famacêutico que eu passarei a visitar com mais freqüência.

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