Saber como me parece a discussão em torno do aborto?
Me lembra alguém que está de dieta, vai numa festa infantil, se enche de docinhos e depois reclama que saiu da dieta!
Ninguém lembra dos direitos da criança. Ela não os têm? Só por que não tem TAMANHO suficiente para se defender? Acho que teremos que reformular o ditado para atender esse caso. Pois neste tema (como nos casos de contaminação vertical por HIV) o certo seria
TamanhoNão consigo ser a favol de aborto. Provavelmente por que sou filha de uma mãe viúva que estava na maior pindaíba quando me teve. Do tipo de levar com a cara na porta ao procurar ajudar e receber um "a criança fica, você não".nãoé documento.
Dou graças a Deus por ter nascido ha duas décadas antes da virada do milênio, quando o movimento pró-aborto ainda não era tão forte. Ele poderia ter levado a minha torturada mãezinha para uma opção da qual eu não me alegraria (bom, eu não estaria aqui para me alegrar)
Sim, eu sou contra o aborto por puro egoísmo mesmo. Mas pelo menos eu não esqueci que já fui um feto!
Qual a justiça em penalizar o feto pelo comportamento dos pais? Ou pelo crime de um estuprador?
Eu imagino logo uma resposta atravessada na boca de um filho rebelde de vinte anos adiante:
- Ah, vc podia, pq não me abortou? Agora atura!
Não seria meio aquele argumento usado nas tragédias: "Eu te dei a vida, posso toma-la!" Isso vai valer?
Vejo também a discussão descambando para o contrário, e defesas de patricidas dizendo que estava usando a mesma lógica do aborto, só que ao contrário. Se vale para a mãe, por que não vale também para o filho não é mesmo?!
Será que poderá ser retroativo? Tipo, não tenho mais condições, então vou mata-lo agora que ele tem uns 5 aninhos? Pelo menos aliviaria um pouco as prisões né mesmo!
Quero propor um exercício agora: Imagine que você fez um vestibular ou um concurso público.
Depois das provas aplicadas e que você começou a frequentar a faculdade, ou começou a trabalhar... Alguém vem e te ARRANCA da cadeira. Você não sabe, mas nunca mais poderá sentar ali.
Revoltante não? Qualquer um de nós de revoltaria e berraria, reclamaria, processaria.
Se a faculdade pegar fogo, ou de o órgão público deixar de existir podemos até ficar tristes mas entendemos que não vamos ppoder estar lá. MAS SER TIRADO DE LÁ, quando já estávamos instalados?
Agora, se isso revolta-nos, como conseguimos apoiar o aborto?
Por esses motivos sou contra o aborto. COmpreendo os fatores das mães, mas meu direito acaba quando começa o do outro! ou não é?!