domingo, 28 de outubro de 2007

Frutos da Canção

Voltei da Canção Nova com um livrinho que vai me ajudar muito aqui no Bilbiogando. Eu vinha me perguntando como faria para lembrar algumas considerações eu eu já tinha feito a partir da Bíblia, e lá achei um método. No livrinho do Padre Jonas Abib entitulado "A Bíblia no meu dia-a-dia".

Passei alguns dias desde o começo do mês exercitando. Li atentamente a 1ª carta de João, identificando promessas, ordens e princípios conforme proposto no livro. Um capítulo por dia nas viagens para o trabalho, que por estranho que possa parecer, é quando tenho mais tempo disponível para ficar "comigo mesma". Quase não sobrava tempo para tentar identificar a mensagem pessoal e pensar em como botar em prática, e olha que é uma viagem de quase duas horas.

Comecei a sentir falta da soneca que costumo tirar nesses casos, mas me mantive firme o máximo que pude. Lá pro meio do mês eu resolvi mudar um pouco a estratégia: ler tudo, marcando o que me chamasse a atenção. No dia 16 então, identifiquei algumas passagens, fazendo anotações.

No dia seguinte, pensei comigo mesmo que cada um deveria ter seus macetes para seguir tal método e percebi que era mais fácil, rápido e interessante para mim fazer meio invertido: Comecei pelo que me chamava atenção e fiz um monte de anotações nas margens da Bíblia; depois reli fazendo marcações coloridas para os trechos que remetiam a idéias de promessa, ordem e princípios eternos, o que me fez ter mais idéias que também foram anotadas na própria Bíblia. Acabou saindo a Mensagem e a Prática.

Mas esse post não é para descrever a minha adaptação ao método e sim para servir de testemunho do que aconteceu com a aplicação desse método. Foi algo que me assustou bastante quando acabei de estudar o capítulo.

Pela leitura, percebi que fui convidada neste dia 14 de outuvro a comer do mesmo alimento que o Filho de Deus comeu enquanto a samaritana (do 4º capítulo do evangelho de João) testemunhava. Fiquei temerosa com as referências ao horário do almoço no capítulo que eu estava estudando, mas veio um sinal (tal como para o funcionário real do Jo 4) para que eu visse que não se tratava tanto da MINHA capacidade para reconhece-lo:

Um dos lápis que eu usara para marcar os trechos bíblicos caíra no chão do ônibus. Pensei "Deixa pra lá, é só um lápis e nem é um dos que eu estou usando". Mas o senhor que estava sentado do meu lado imediatamente começou a procura-lo, então eu abaixei resgatei o lápis fujão.

Cabe aqui uma explicação: Eu estava usando aqueles lápis de cor com duas cores (uma em cada extremidade) para fazer o diário espiritual, e as cores que eu escolhi usar foram lilás/roxo para as promessas, verde para as ordens e vermelho para os princípios eternos (ou como dizia o livrinho, para as coisas que são de determinado jeito, gostemos ou não).

Quando prestei atenção nas cores do lápis que tinha caído e assim servido de instrumento me surpreendi: era um que combinava verde-alface com marrom. Oras, marrom é uma espécie de vermelho-forte, então associei imediatamente o episódio a uma mensagem do tipo "Calma, a tarefa é leve[verde claro] para algo grande[marrom]".

Passei a manhã numa expectativa temerosa. A moça da ginástica laboral chegou, fizemos os exercícios, quinze minutos antes do meio dia, que não é o horário usual dela. Fiz, naquele momento, algum movimento mais brusco, que começou a dar sinais de problemas quando desci para pagar algumas contas. Voltei a bíblia (já não lembro se foi no mesmo dia ou nos dias seguintes), mas agora só saíam textos dizendo para eu aceitar o desígnio.

Passei os dias seguintes sem fazer o diário: com medo, passei a ir trabalhar só com identidade, crachá e algum dinheiro. E o terço, que fiquei rezando nos trajetos de ida e volta. Os bancos dos ônibus se mostraram bem desconfortáveis e inadequados para o meu tamanho, o que acabava sendo também uma motivação para o terço, buscava no ritmo da oração distração e alívio. O meio de transporte que deveria ser mais confortável – o ônibus do tipo tarifa conhecido pelo apelido de frescão – acabava sendo ruim também por, apesar de ser um dos mais confortáveis era tão frio que meio que anulava o conforto proporcionado às costas.

Mas então, um dia, quando eu voltava de trem para casa num esses dias e fazia o meu terço pude observar um senhor olhando para mim com um soriso curioso e simpático: será que era isso que o lápis queria dizer?

Será que foi, simplesmente, uma forma de me fazer dar esse testemunho silencioso do terço? Bem, não sei. Eu gostei de fazer isso, foi legal. Do outro lado eu descobrirei o que tudo quer dizer. ;)

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